A fibromialgia é um transtorno de etiologia desconhecida, caracterizado por dor generalizada, processamento anormal da dor, distúrbios do sono, fadiga e tensões.
Pessoas com fibromialgia também podem apresentar outros sintomas, como:
– Rigidez matinal
– Formigamento ou dormência nas mãos e pés
– Dores de cabeça e enxaquecas
– Problemas de raciocínio e memória
– Menstruação dolorosa e outras síndromes de dor
Os critérios de 2010 do Colégio Americano de Reumatologia (ACR) são utilizados para o diagnóstico clínico e classificação da gravidade. Os dados considerados para a base do diagnóstico são:
– Índice de dor generalizada (WPI)> 7 e uma escala de gravidade dos sintomas (SS)> 5 ou WPI 3-6 e SS> 9.
– Se os sintomas apresentam um nível semelhante durante pelo menos três meses.
– Se o paciente não sofre de nenhuma outra patologia que possa causar a dor.
A fibromialgia é muitas vezes concomitante (entre 25% e 65%) com outras condições reumáticas como a artrite reumatóide (AR), lúpus eritematoso sistêmico (LES) e espondilite anquilosante (EA).
Predomínio
O predomínio da fibromialgia é de cerca de 2%, tendo afetado cerca de 5 milhões de adultos em 2005. Esse número foi muito maior nas mulheres em relação aos homens (3,4% contra 0,5%).
A maioria dos casos de fibromialgia ocorre com mulheres (numa proporção de 7 casos no sexo feminino para 1 caso no masculino). No entanto, homens e crianças também podem desenvolver o transtorno.
A maioria das pessoas é diagnosticada durante a meia idade e a incidência aumenta com a idade.
Mulheres em idade ativa que sofrem com a fibromialgia e foram hospitalizadas por doenças músculo-esqueléticas ocupacionais, têm probabilidade 10 vezes menor de voltarem a trabalhar e 4 vezes menor de manterem seus empregos após a internação.
Os adultos que trabalham e têm fibromialgia possuem uma média de 17 dias afastados do trabalho devido à patologia, enquanto a média dos que não sofrem de fibromialgia é de 6 dias.
Cuidados ambulatórios
– São registrados em média 5,5 milhões de visitas a ambulatórios por ano.
– As enfermidades médicas e psiquiátricas concomitantes são fatores determinantes mais fortes que as condições funcionais no trabalho crescente de médicos em pacientes com fibromialgia.
Impacto na qualidade de vida relacionada à saúde
– Pacientes com fibromialgia tiveram a menor pontuação em 7 das 8 subescalas (exceto no papel emocional) do questionário de saúde SF-36, em relação a pacientes com outras patologias crônicas.
– A percepção de “qualidade de vida” para os pacientes com fibromialgia obteve uma pontuação média de 4,8 (numa escala de 1 a 10).
– Os instrumentos padrão utilizados para a avaliação de qualidade de vida relacionada à saúde, talvez não sejam sensíveis o suficiente para captar todos os aspectos da qualidade de vida de muitas pessoas com fibromialgia.
– Adultos com fibromialgia têm uma propensão 3,4 vezes maior de ter depressão se comparados aos adultos que não sofrem de fibromialgia.