A popular “água no joelho” tem nome: trata-se de um derrame articular. O acúmulo nesta região do corpo de líquido sinovial (que lubrifica as articulações do corpo), de sangue ou de pus produzido por infecções pode causar o problema, normalmente caracterizado por inchaço e vermelhidão.
O líquido sinovial, por exemplo, pode se acumular devido ao fato de o joelho ser bastante exigido em movimentações físicas, como é o caso de corridas. Traumas causados por pancadas ou quedas, infecções e também doenças articulares (como artrite reumatoide e gota) também são causas frequentes para o quadro de derrame articular, que é diagnosticado por um ortopedista por meio de exames de imagem.
Em casos desse tipo, uma abordagem fisioterápica, que inclui a realização de exercícios específicos de fortalecimento, pode melhorar a absorção de líquido no joelho e a circulação sanguínea na região, impedindo o acúmulo e o consequente inchaço. Compressas com gelo também podem auxiliar no tratamento do derrame articular, que é curável.
Muletas ou joelheiras podem ser necessárias temporariamente para que os pacientes possam proteger a articulação e evitar dores. Conforme o caso, também são adotados procedimentos paliativos como o enfaixamento da região afetada, a manutenção do joelho em posição elevada quando o paciente estiver deitado, além de massagens e remédios anti-inflamatórios.
Em algumas situações, a punção articular para extração do excesso de líquido pode ser realizada. Já em casos mais graves, a alternativa é a artroscopia, uma intervenção cirúrgica minimamente invasiva, cuja alta pode ser concedida no mesmo dia.
Fortalecer as articulações por meio de exercícios físicos supervisionados por um profissional, controle do peso, não submeter os joelhos a sobrecargas, além de alongamento e aquecimento antes de exercícios físicos, especialmente os mais intensos, como a corrida, são medidas preventivas fundamentais.