A cartilagem é um tecido elástico, flexível e aderente às superfícies articulares dos ossos. Ela serve para revestir, proteger, dar forma e sustentação a algumas partes do corpo, como joelhos e ombros.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a cartilagem não se localiza apenas nas articulações.
Ela é encontrada em todo o corpo, preenchendo os espaços entre um osso e outro. A função desse tecido é muito importante, pois, por ser flexível, permite o deslizamento dos ossos e absorve o impacto entre eles.
Além dos ossos, a cartilagem ainda é encontrada em outras partes moles do corpo, como a orelha e o nariz.
No tecido cartilaginoso, não existem vasos sanguíneos, nervos e vasos linfáticos. Estas características justificam, em parte, a dificuldade de se diagnosticar lesões.
As lesões de cartilagem podem ser classificadas de acordo com a profundidade do dano.
Lesões mais simples e superficiais são classificadas de grau 1. As de grau 2 ou 3 acometem parte ou a espessura total sem atingir o osso. Já as lesões de grau 4 acometem a cartilagem e a estrutura óssea adjacente.
A artrose é caracterizada pela degeneração da cartilagem e pode causar dor e redução da funcionalidade das articulações.
A artrose costuma afetar pessoas de ambos os sexos, por volta dos 70 anos. Contudo, a doença tende a desenvolver-se nos homens numa idade mais precoce.
Mesmo sendo mais frequente em idosos, a causa da artrose não é a simples deterioração que implica o envelhecimento. Além do desgaste natural com o tempo, a artrose pode aparecer com a anomalia das células que sintetizam os componentes da cartilagem como, por exemplo, o colágeno.
O tratamento da lesão de cartilagem busca re-equilibrar as forças musculares que agem na articulação comprometida.
Na maioria dos casos, o tratamento é iniciado com a fisioterapia e depois progredindo para exercícios de fortalecimento em academia.
Existem algumas medicações que costumam auxiliar na fase inicial do tratamento, como anti-inflamatórios, que auxiliam na diminuição da dor. São também utilizados os condroprotetores, que são medicamentos que possuem a função de retardar e diminuir a progressão degenerativa. Para alguns casos, são indicadas as infiltrações de viscosuplementação.
Quando o tratamento conservador não traz melhora, a melhor opção é a cirurgia. A intervenção pode ser mais simples como a remoção do local ferido ou, em casos extremos, é necessária a colocação de uma articulação artificial, para substituir a cartilagem que não pode ser recuperada.
Para fazer seu tratamento corretamente, fale com um médico ortopedista.